Buscando não só o controle de custos e de qualidade, a adoção de protocolos passou a ser também uma importante ferramenta para a gestão integrada da saúde e o resgate da confiança entre a operadora e os prestadores de serviço. Estes são alguns dos resultados apontados pela superintendente de provimento de Saúde da Unimed Belo Horizonte, Maria Helena Brandão Oliveira, em apresentação no Saúde Business Conference. ?A operadora deixou de ter o perfil de seguro, para assumir o papel de gestora da saúde?, destacou a superintendente.
Como forma de melhorar a aplicação dos recursos e evitar o ?uso fútil? dos serviços cobertos pela operadora, a Unimed-BH criou uma estratégia de regulação positiva em parceria com a rede credenciada, o que envolve a maior participação do médico na gestão da cooperativa, a incorporação tecnológica, a adoção de protocolos e a remuneração diferenciada por melhores práticas.
Os critérios são estabelecidos pelos comitês das cooperativas e implantados nos hospitais por meio por um contrato de negociação, o que permite maior transparência na geração de relatórios e na justificativa das glosas.
Dentro da remuneração, a Unimed estabeleceu taxas diferenciadas para hospitais em processos de Acreditação, sendo 7% para hospitais em processo e 15% para instituições que conquistaram a certificação. A operadora também criou um processo para qualificação dos consultórios médicos e um protocolo diferenciado para a remuneração dos pronto-atendimentos e está em fase de estudo para implantar um protocolo para complicações em cirurgia. ?Não podemos pagar mais para quem complica mais?, afirmou Maria Helena.
Dentre os resultados alcançados com a adoção da nova política, a Unimed-BH aponta o crescimento na carteira de clientes, melhor avaliação dos usuários por meio de pesquisa, e melhores resultados, tendo a cooperativa dobrado seu faturamento no período de 2002 a 2006.
Para os hospitais que adotam os protocolos, a melhoria da qualidade do atendimento, a melhora nos índices clínicos e a melhor eficiência na gestão de custos, como destacou Mario Vrandecic, diretor-presidente do Biocor Instituto. ?Os protocolos tem que ser sistêmicos e contribuem para a gestão integrada dos hospitais e operadoras, afinal a saúde não tem preço, mas a tem custo?, salientou.
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