Nesta quinta-feira (09), o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica Caetano Marchesini reuniu-se, em Brasília, com o Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Francisco de Assis Figueiredo.

A reunião é resultado de um encontro, ocorrido no início da semana, entre o presidente da SBCBM, Caetano Marchesini, com o Ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Segundo Marchesini, a portaria contribui para resolver um grande problema na saúde pública brasileira para o obeso grave.

“Como Sociedade Brasileira, nos colocamos à disposição do Ministério da Saúde para auxiliar neste processo de transição e implementação do acesso videolaparoscópico da cirurgia bariátrica”, declarou Marchesini.

Segundo o presidente da SBCBM, considerando que a implementar a laparoscopia demanda a alteração de práticas, materiais e cuidados inerentes ao procedimento, a SBCBM se dispõe a participar do processo.

“Vamos auxiliar tecnicamente em tudo o que for necessário, visando a segurança dos pacientes, a redução de custos, a aquisição de materiais compatíveis com a real necessidade dos cirurgiões e o treinamento dos profissionais que serão responsáveis pelo procedimento no Sistema Único de Saúde”, exemplificou Marchesini.

“A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica colocou-se à disposição do Ministério da Saúde para contribuir, se necessário, com a operacionalização desta medida no país”, reforçou o presidente da SBCBM.

No ano passado foram realizadas cerca de 100 mil cirurgias bariátricas em todo País. Desse total, apenas 10% dos procedimentos foram feitos na rede pública.

O presidente da SBCBM disse que, atualmente, existem 3.5 milhões de obesos mórbidos elegíveis à cirurgia, por critérios da portaria do Ministério da Saúde.

“Considerando que apenas 5% deles queiram de fato operar, estamos falando de 175 mil pacientes cirúrgicos. O volume atual de cirurgias é de pouco mais de quase 10 mil cirurgias. Então, com a videolaparoscopia, podemos ampliar os atendimentos no SUS, pois tanto a cirurgia quanto a recuperação do paciente demandam um tempo menor”, acrescenta Dr. Caetano.

Considerado um procedimento menos invasivo e, consequentemente, mais seguro a laparoscopia possibilita ao paciente um tempo menor de recuperação. A cirurgia não tem indicação como tratamento estético e sim para melhora de doenças associadas à obesidade e qualidade de vida.

De acordo com as orientações da resolução a cirurgia é liberada apenas para pacientes com IMC igual ou maior que 40kg/m² e pode ser realizada em casos de IMC entre 35kg/m² e 40kg/m², desde que o paciente tenha comorbidades como, por exemplo, o diabetes. O IMC é calculado a partir da divisão do peso pela altura ao quadrado.

Na oportunidade, Caetano Marchesini também esteve, em Brasília, na sede do Conselho Federal de Medicina (CFM), aonde participou da Câmara Técnica para aprovação da cirurgia bariátrica para IMC 30-35, em casos de diabetes.