A Universidade de São Paulo inaugurou hoje dois projetos ligados à área de medicina e saúde, com o objetivo de gerar um banco de dados sobre os pacientes de oncologia pediátrica no Brasil. Financiado pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), o projeto total chega a R$ 2,5 milhões, com previsão de conclusão em dois anos. O câncer infantil alcança uma média de 8 mil novos casos por ano, correspondendo a 2% dos adultos, estimados em 14 milhões. A Intel, fabricante de processadores, doou a tecnologia para montagem do primeiro cluster médico do país, que utiliza processador Itanium 2, da empresa. Segundo Jason Chen, vice-presidente e diretor do grupo de vendas e marketing da Intel Corporation, os projetos de telemedicina contribuem sensivelmente para a cura do câncer. ?Estamos empolgados com o desenvolvimento das plataformas Intel na área de saúde, que tem o objetivo de trabalhar para melhorar a vida das pessoas?, observa. Já para Paulo Cunha, gerente geral da Intel Brasil, a inovação da indústria gera incentivos comerciais com esta nova moldura de pesquisa e desenvolvimento.
O projeto surgiu de estudos do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, que há oito anos pesquisa a área. ?Esse processo de interação criou um relacionamento institucional entre as sociedades de pesquisa e atendimento do câncer, deixando de ser um processo acadêmico para ser um processo de cadastro nacional?, explica Marcelo Zuffo, professor livre-docente e especialista em meios eletrônicos interativos.
Os hospitais que fazem parte do projeto piloto e que já estão com o sistema implantado são: Hospital Base, de Porto Velho, Fund Centro Oncologia, de Manaus, Hospital São Marcos, do Piauí, Nossa Senhora da Glória, do Espírito Santo, Hospital de Apoio Cacon I, de Brasília, Hospital de Apoio Cacon II, de Florianópolis.
Além do sistema de telemedicina, um portal de saúde que oferece serviço de gestão de informação na área de oncologia será lançado oficialmente no próximo dia 22 de agosto, em São Paulo, como parte dos projetos. Uma base de pelo menos 1 mil pacientes com protocolos já implantados estarão cadastrados.