O mercado de saúde brasileiro pode contar com mais um player na área de serviços de TI. Com seu braço de serviços, fortalecida depois da compra da Perot Systems em novembro do ano passado por US$ 3,9 bilhões, a Dell agora desenha as estratégias para crescer no setor como provedora não só de infraestrutura, mas também de soluções e consultoria em TI. “Já estamos presente no setor com hardware e serviços, mas certamente, a aquisição da Perot faz com que entremos com mais força no mercado de saúde”, destaca o vice-presidente da área Public Services da Dell Services, Chuck Lyles, a reforçar a expansão da empresa na vertical de saúde nos mercados norte americano, europeu e mais recentemente na Índia e na China.
O foco da empresa é ofertar soluções integradas e que atendam a diferentes empresas do setor, entre hospitais, operadoras e indústrias. Compreendendo o aumento do acesso e a redução de custos como os principais desafios globais da saúde, a Dell Services busca agora conhecer as demandas do mercado brasileiro para estruturar a oferta de soluções. “Saúde tem que ser sempre visto como um negócio local. Cada mercado tem a sua dinâmica, embora os desafios sejam os mesmos”, reforça o presidente da Dell Services, Peter Altabef.
Os executivos vieram ao Brasil para visitar alguns hospitais e a partir daí, desenhar o plano de ação para esse mercado. Contando com um time global de mais de 2800 profissionais que acumulam experiência no segmento médico-hospitalar, a companhia utilizará essa expertise para montar uma equipe nacional na área de consultoria.
Sendo considerada pela Gartner a empresa número um em serviços de TI para a saúde no mundo, a Perot Systems foca suas ações em melhorias de processos e gestão de dados clínicos. “Antes as empresas eram muito focadas em dados de faturamento, o que mudou nos últimos anos. Por meio de dados clínicos se consegue ter uma interface entre os diferentes players. Aqui está o futuro”, pontua Loyles.
O presidente da Dell Services aponta para a aceleração do uso das ferramentas de TI em decorrência da pressão dos usuários de saúde. “A nova geração de usuários está acostumada a lidar com informações, e vai exigir cada vez mais em ter acesso a suas informações clínicas. O médico será pressionado por isso, e vai pressionar o hospital. Essa é a tendência.”
Os próximos passos da Dell Services no Brasil ainda não estão determinados, mas a meta é o  crescimento significativo. “O mercado brasileiro é estratégico para nós. Seja pelo perfil demográfico, com uma população jovem; seja pelos recursos naturais; seja pelo otimismo que aqui é contagiante. E quando falamos em economia, sabemos que o crescimento do país é fato por um bom período ainda”, enfatiza Altabef.
 
A entrevista completa com Peter Altabef você confere na edição de junho da Fornecedores Hospitalares, que será especial sobre Tecnologia da Informação.