Com foco em melhorar o diagnóstico e tratamento por meio de tecnologias minimamente invasivas nos últimos anos, o Hospital 9 de Julho investiu US$ 1,5 milhão em nova área de Hemodinâmica, que inclui funcionalidades como uma programação que sincroniza os batimentos cardíacos quando captura as imagens do órgão, visualização em 3D, tomografia computadorizada acoplada, entre outras funcionalidades.

A tecnologia permite uma redução de até 75% no uso de radiação e de contraste iodado, que pode ser tóxico para pessoas predispostas.

“Radiologistas e cardiologistas intervencionistas, cirurgiões vasculares e neuroradiologistas passam a ter à disposição recursos exclusivos para realizar diagnósticos mais precisos e tratamentos como angioplastias, de malformações de veias e artérias, de aneurismas, arritmias, embolizações de tumores, valvoplastias e implante percutâneo de válvulas”, afirmou a entidade em comunicado.

Na Hemodinâmica, o acesso à região a ser tratada ocorre por meio de uma punção por agulha em uma das artérias do corpo, normalmente a femoral, próxima à virilha, minimizando a possibilidade de sequelas pós-cirúrgicas e agilizando o atendimento.

?Além da melhor visualização do sítio de tratamento, fundamental para procedimentos endovasculares, as imagens 3D podem fazer a diferença em uma intervenção neurológica, ou em outras áreas nobres do corpo, oferecendo maior precisão e segurança?, explica João Guimarães, cardiologista intervencionista responsável pela Hemodinâmica do Hospital 9 de Julho, com 15 anos de instituição.

Ainda em Cardiologia, procedimentos diagnósticos e terapêuticos no coração podem ser realizados com o apoio de um Eletrocardiograma, que permite ao equipamento sincronizar a captação das imagens aos batimentos cardíacos, gerando uma visualização sem artefatos de movimento.

Um programa para integrar, por visualização 3D, imagens de outras modalidades de exames, como Ressonância Magnética, Tomografia Computadorizada (que também pode ser captada diretamente do aparelho) e Tomografia por Emissão de Positrons (PET); um software para guiar com precisão a realização de punções, drenagens, intervenções percutâneas minimamente invasivas, vertebroplastia; e uma tecnologia específica para auxiliar o especialista nos implantes de válvula são as outras aquisições da instituição que, além do equipamento, investiu em 10 softwares para aumentar a agilidade e precisão dos diagnósticos e intervenções.

Implante de válvula aórtica

Segundo a entidade, entre as inovações que o equipamento trouxe para a área de Cardiologia Intervencionista está um software específico para apoiar o Implante Percutâneo de Válvula Aórtica (Tavi, na sigla em inglês). Procedimento ainda pouco explorado no Brasil por meio da Hemodinâmica, já que na maioria dos casos a indicação é de cirurgia convencional, o Tavi passa a ter um apoio diferenciado no H9J, já que o software permite a segmentação automática da aorta e dá todo o suporte para o planejamento do implante da válvula por meio de demarcações e de um anel gráfico sobrepostos à imagem ao vivo.

?Até pouco tempo, o implante minimamente invasivo só era recomendado para os casos de contraindicação absoluta de cirurgia aberta, mas os estudos têm mostrado que a tendência é tornar a indicação mais disseminada em alguns anos, beneficiando também pacientes com menor gravidade?, observa o Dr. Guimarães ao lembrar que a contraindicação absoluta refere-se a pacientes com comorbidades graves que, em um procedimento convencional aumentam o risco de morte intra e pós-operatória.