Não é comum ouvir falar de amor, integralidade e de espiritualidade nas organizações ouve-se sobre lucros, resultados, processos tecnológicos, estratégias, vantagem competitiva; mas, sobre sabedoria do amor, espiritualidade, intuição e outras essências da criatividade, do equilíbrio e da harmonia são raríssimas as oportunidades de se estudar e comentar. Entretanto a essência da prosperidade está exatamente na coesão desses princípios.
Os problemas do homem moderno e por conseqüência das organizações são formados pela falta de harmonia, ou pela falta de entendimento das leis da integridade e do amor.
A causa dos problemas especialmente nas organizações é por causa da negligencia em relação às leis essenciais da espiritualidade, demonstrando que as empresas precisam urgentemente de um alicerce de integridade ético-moral e de uma boa dose de espiritualidade em seus relacionamentos, iniciando-se pelos internos.
Pode parecer estranho a colocação acima, mas se a empresa é o conjunto, ou a somatória dos pensamentos e das relações compartilhadas do seu elemento humano no trabalho, a lei espiritual que opera na vida de cada um, fora da organização, é a mesma lei que opera no conjunto dentro da organização. Como exemplo, citamos a lei da gravidade que afeta a todos nós, independentemente de raça, capacidade intelectual, credo e recursos financeiros; do mesmo modo, igualmente, as leis espirituais agem tanto no homem quanto nos seus relacionamentos, independentemente se esses relacionamentos ocorrem na família, na igreja, na escola ou no trabalho. Portanto estamos sujeitos as mesmas leis físicas e espirituais e as suas conseqüências.
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As escolas de administração nunca ensinam princípios subjetivos ou de intuição e de criatividade espiritual para os acadêmicos, ensinam tão somente metodologias dos processos administrativo, estratégico e especialmente operacional e de tomada de decisão, levando os futuros executivos aos processos, cada vez mais, objetivos, mecanicistas e pragmáticos. Não se vê sequer teses ou dissertações com pesquisas qualitativas, com métodos de pesquisa-ação.
Na academia observam-se apenas trabalhos de estudo de casos e com emprego de métodos de pesquisa operacional, o que é uma pena, pois com esses métodos não se alcança a alma e o espírito da organização.
Os atuais modelos de gestão levam os executivos a uma disputa acirrada e a uma mentalidade agressiva, fundadas em princípios que julgam de alta performance organizacional e de liderança de grupos, mas, na realidade impede o alto desempenho e geram a intriga e a prepotência, onde o ego sobrepõe inclusive a capacidade de análise.
As organizações que esperam alto desempenho somente terão sucesso se respeitarem seus talentos e valorizarem sinceramente a participação das pessoas, gerando confiança, compromisso e envolvimento e isso não se obtém com falsidades, mas com lealdade, sinceridade e compromisso serio, ou seja, com harmonia, equilíbrio e essencialmente respeito e ética.
O modelo de gestão quântico-espiritual é perceptível em organizações em que os colaboradores são entusiasmados, motivados e especialmente felizes, sendo essa uma das suas principais características, pois a gestão holística ou quântico-espiritual conduz o clima da organização para esse estado de alegria, com resgate da auto-estima coletiva. Isso ocorre porque as pessoas gostam que acreditem nelas, que reconheçam o seu valor.
As pessoas são sensíveis, emotivas e intuitivas e por isso gostam de acreditarem e de confiarem nos colegas; gostam de desafios, de segurança, de inter-relacionamentos e especialmente da comunhão de valores.
Certamente estamos iniciando uma nova onda de desenvolvimento, agora, focada não apenas no estratégico, no tecnológico, mas essencialmente no fator humano e com este integra o fator espiritual indissociável do humano e conseqüentemente, permeado por toda organização.
Bem vindos a era da integralidade e da espiritualidade nas organizações.
* Valdir R. Borba é mestre em administração e é coordenador do MBA de Gestão em Serviços de Saúde da Fundação Unimed.
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