A 3ª Conferência Brasileira de Câncer de Mama apresentou o
levantamento no quadro de tratamento no câncer de mama no Brasil realizado com
4.912 mulheres, via plataforma web, em 28 centros públicos, privados e
filantrópicos em 14 cidades brasileiras, nos anos de 2001 e 2006. Os resultados
deste estudo, intitulado Projeto Amazona, foram apresentados pelo médico e
presidente do Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama, GBECAM, Sérgio Daniel
Simon.

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A pesquisa aponta uma diferença importante na sobrevida das
pacientes tratadas no setor público se comparadas às que foram atendidas pelo
setor privado. No público, 36% das mulheres chegam apresentando o estágio mais
avançado da doença, contra 16% nos serviços privados, explicou o Dr. Simon.

A pesquisa também revela que a sobrevida de pacientes do
SUS, que tiveram a doença diagnosticada em 2001, e foram reavaliadas em 2006,
foi 10% inferior em relação ao sistema privado. A utilização de terapias
biológicas no tratamento do tumor na rede pública também é mínima, 5,6%, contra
56% nos privados.

Segundo o levantamento, a idade média das mulheres com tumor
é de 59,3 anos no Brasil, sendo que 75% das pacientes têm mais de 50 anos. A
pesquisa também revela que 18% das mulheres com tumor de mama tinham histórico
familiar de câncer de mama em parentes de primeiro grau, o que é similar a
outras séries internacionais.